psoríase
O que é?
A psoríase é uma doença inflamatória crônica de pele, não contagiosa. Ela se caracteriza pela presença de lesões avermelhadas ou rosadas com escamas esbranquiçadas.
É comum?
A psoríase não é rara, e atinge cerca de 2% da população mundial. Ela pode se manifestar em qualquer idade, com dois "picos" de frequência: de 15 a 20 anos, e dos 55 aos 60 anos. Homens e mulheres são afetados.
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Qual é a causa? O que leva a ter psoríase?
A causa exata ainda é desconhecida, mas a psoríase é considerada uma doença autoimune mediada por linfócitos T (células responsáveis pela defesa do organismo). Existe predisposição genética, e 30% e 40% dos pacientes têm um familiar de primeiro grau com psoríase.
Essa predisposição genética, junto com os fatores ambientais ou de comportamento, causa o surgimento das lesões.
Os linfócitos T liberam substâncias inflamatórias que geram dilatação dos vasos sanguíneos e "chamam" outras células do sistema de defesa para a sua própria pele. Este ataque inflamatório faz com que a pele responda acelerando sua proliferação, e é por isso que há tanta descamação nas lesões.
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Quais são esses "fatores ambientais ou de comportamento"?
Traumas mecânicos (atrito, "pancadas", machucados), traumas químicos e radioativos podem induzir lesões de psoríase nos pacientes com predisposição.
Certos medicamentos como cloroquina, lítio, betabloqueadores, corticoesteróides orais/injetáveis e anti-inflamatórios podem piorar a psoríase.
Estresse psicológico, infecções, consumo de álcool, tabagismo, obesidade e hipocalcemia são outros fatores desencadeantes da psoríase. O tempo frio pode piorar as lesões.
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Quais são os sintomas?
A psoríase pode se manifestar de várias formas e em vários locais, por isso os sintomas variam muito de paciente para paciente. Assim, é extremamente necessária a avaliação de um médico dermatologista especialista em doenças de pele.
A psoríase pode se manifestar de várias formas e em vários locais, por isso os sintomas variam muito de paciente para paciente. Assim, é extremamente necessária a avaliação de um médico dermatologista especialista em doenças de pele.
No tipo mais comum de psoríase, podem ocorrer manchas vermelhas ou rosadas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas; manchas brancas ou escuras após melhora das lesões avermelhadas; pele ressecada e rachada. As lesões podem causar coceira, queimação e até dor. Os locais mais atingidos são cotovelos, joelhos e tronco.
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Inúmeros outros tipos da doença existem, e podem ocorrer isoladamente ou associados. Eles acometem as unhas, couro cabeludo, palmas das mãos, plantas dos pés e dobras, entre outros.
A psoríase não é contagiosa e não é necessário evitar o contato com os pacientes.
Nos casos leves pode haver apenas um desconforto por causa dos sintomas, mas, nos mais graves, a doença pode ser dolorosa e provocar alterações que impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente. Assim, o ideal é procurar tratamento o quanto antes.
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A psoríase atinge as articulações?
Em até 30% dos pacientes, a inflamação pode acometer as articulações ("juntas"), levando à artrite psoriásica, outra manifestação da doença.
A psoríase causa fortes dores nas articulações, que são mais comuns quando o paciente inicia o movimento daquela articulação, como após ficar longos períodos parado ou em repouso. A dor tende a melhorar com o movimento contínuo.
A artrite psoriásica pode causar rigidez progressiva e até deformidades permanentes. Ela pode afetar qualquer articulação do corpo.
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A psoríase tem associação com outras doenças?
Além da artrite psoriásica, também existe associação da psoríase com doenças cardiometabólicas e gastrointestinais, diversos tipos de cânceres e distúrbios do humor, o que diminui a qualidade de vida do paciente e pode também, dependendo da gravidade, diminuir a expectativa de vida, se não tratada.
O mesmo processo de inflamação intensa que causa lesões na pele e articulações parece ser o responsável pelo aparecimento dessas comorbidades.
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Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da psoríase é clínico, ou seja, realizado a partir da avaliação da história clínica e exame físico por um médico dermatologista clínico. Nos casos duvidosos ou mais difíceis, pode ser necessário realizar uma biópsia da pele para confirmar o diagnóstico.
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Qual é o tratamento?
O tratamento da psoríase é completamente individualizado, já que depende do tipo e gravidade da doença.
Hoje temos diversas opções terapêuticas disponíveis, e é possível e esperado que o paciente viva com sem ou quase sem lesões, independentemente da gravidade da doença. O tratamento é essencial para uma boa qualidade de vida.
Nos casos leves, pode ser possível utilizar apenas tratamentos tópicos, além de outras cuidados como a hidratação da pele. Por vezes, essas terapias tópicas podem ser suficientes para melhorar o quadro clínico e promover o desaparecimento dos sintomas.
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Nos casos inicialmente moderados ou quando apenas as medidas acima não melhorarem os sintomas, são necessários outras terapias. Podem ser utilizados:
1. Fototerapia;
2. Tratamentos sistêmicos, com medicamentos em comprimidos ou injeções; ou
3. Tratamentos com imunobiológicos (ou biológicos): medicamentos injetáveis, indicados para o tratamento de pacientes com psoríase grave ou resistente. Inúmeras classes de tratamentos biológicos para psoríase já são utilizadas no Brasil: os chamados anti-TNFs (como adalimumabe, certolizumabe-pegol, etanercepte e infliximabe), anti-interleucina 12 e 23 (ustequinumabe), osanti-interleucina 17 (secuquinumabe e ixequizumabe) e os anti-interleucina 23 (guselcumabe e risanquizumabe).
É importante ressaltar que o uso crônico de corticoides tópicos (como betametasona, mometasona, clobetasol e halobetasol, entre outros) é altamente contraindicado, principalmente quando não há acompanhamento dermatológico. Saiba mais aqui.
A psoríase pode ter um impacto gigantesco na qualidade de vida e na autoestima do paciente, o que pode piorar o quadro. O acompanhamento psicológico é indicado na maioria dos casos. Outros fatores que geram melhora e até o desaparecimento dos sintomas são uma alimentação balanceada, o controle do peso e a prática de atividade física.
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O paciente nunca deve interromper o tratamento prescrito sem autorização do médico. Esta atitude pode piorar a psoríase e agravar a situação.
É importante estar atento ao surgimento da doença. Caso perceba qualquer um dos sintomas, procure um dermatologista imediatamente. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais precoce será o tratamento e menores os riscos de impacto da doença sobre a qualidade e quantidade de vida.
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